Herakles y Neso, escultura de Canova |
En
este blog del Foro San Martín, y aún más en nuestra página de Facebook, hemos
agregado a las piezas de reflexión y análisis, una buena cantidad de noticias
suramericanas. Se debe a que hay un proceso de continentalización en la
economía, en las leyes y reglamentaciones ya en marcha, más allá de las teorías
y de las consignas, Y se refleja en las noticias, las buenas y las malas.
Pero
siempre tratamos de tener presente el significado y la dirección de este
proceso. Por eso, queremos destacar ésta, que ya tiene casi un mes, porque nos
parece que es una manifestación muy clara de lo que está en discusión, y da un
significado muy concreto a lo que mencionábamos en el posteo anterior, el rol
de América Latina en la globalización.
La versión publicada en castellano está resumida, pero es bastante explícita:
Un análisis de la
revista británica The Economist sobre la economía brasileña, que llevó a la
publicación a sugerir que Dilma Rousseff debería despedir a su ministro de
Hacienda, Guido Mántega, mereció una respuesta ácida de la presidenta
brasileña. La jefa de Estado sostuvo que “bajo ningún punto de vista” se hará
eco de esas sugestiones.
Para ese medio de
alcance internacional, si Brasil quisiera que en el exterior se recupere la
confianza en su economía, debería prescindir del funcionario. Se refería al
bajo crecimiento registrado por este país en el tercer trimestre del año. El
primero en reaccionar públicamente fue Fernando Pimentel, ministro de
Desarrollo e Industria. Dijo: “El día en que The Economist nombre ministro en
Brasil nosotros dejaremos de ser República”. Pero la presidenta consideró
indispensable reafirmar esos conceptos.
Primero aclaró:
“Yo, en especial, estoy a favor de la libertad de prensa . No tengo nada que
decir sobre cualquier revista o diario que hable sobre cualquier tema”. Pero
dicho esto, precisó: “Sólo quiero manifestar que, bajo ninguna hipótesis, un
gobierno electo por voto directo y secreto del pueblo brasileño será
influenciado por una opinión de una revista que no es brasileña”.
Para la presidenta,
que habló con los periodistas al concluir la cumbre del Mercosur, la economía
brasileña “creció 0,6% en el tercer trimestre. Pero iremos a crecer mucho más
en el cuarto”. La publicación británica, cuyo foco es el sector financiero
internacional, sostuvo que la dimisión de Mántega sería una alternativa para
que Dilma recobre la confianza de los inversores y viabilice su segundo
mandato. Para esa revista, la desaceleración de los precios de las commodities
y el endeudamiento de los ciudadanos brasileños constituyen trabas a la
retomada del crecimiento económico.
Dilma retrucó: “Hay
un cuadro gravísimo (en el primer mundo ) con países con caídas netas de la
producción, escándalos, caída de bancos, quiebras generalizadas. Y nunca vi a
ningún medio periodístico sugerir cambios en esos gobierno ni proponer la caída
de un ministro”. Y concluyó: “Desde 2008 aquí no quebró ningún banco como el
Lehman Brothers y no tenemos ninguna crisis de la deuda soberana”.
Pero
lo publicado en portugués es más completo y más duro:
'Se é mesmo tão
pragmática, demita Mantega', diz Economist a Dilma
Revista britânica
diz que a presidente, se realmente deseja um 2º mandato, deve trocar sua equipe
econômica para, assim, reconquistar a confiança do mercado
A sucessão de
declarações desastradas, a perda de confiabilidade perante os analistas
financeiros e a condução desastrosa da política econômica são credenciais
suficientes para que a presidente Dilma Rousseff – que quer ser vista como uma
competente gestora – demita seu ministro da Fazenda, Guido Mantega. Uma decisão
como essa a ajudaria a reconquistar a tão necessária confiança do mercado no
país. Os conselhos são da tradicional revista britânica The Economist, que
dedicou três matérias à economia brasileira – a qual recebeu o nada elogioso
adjetivo de “moribunda”.
Na reportagem
intitulada “Quebra de confiança: Se quer mesmo um segundo mandato, Dilma
Rousseff tem mudar a equipe econômica”, a Economist literalmente “pede a
cabeça” de Mantega. “Ela insiste que é tão pragmática. Se é mesmo, deveria
demitir Mantega, cujas previsões exageradamente otimistas implicaram a perda de
confiança dos investidores”, diz. A Economist acrescenta: “Dilma deve designar
uma nova equipe econômica capaz de conquistar a confiança do mercado”.
Novos desafios – A
revista relembra seus leitores que a presidente iniciou seu mandato em 2011 com
uma economia em forte expansão. De lá para cá, o cenário mudou radicalmente.
Após uma forte desaceleração no ritmo de crescimento ao longo do ano passado, o
Produto Interno Bruto (PIB) do país encontra-se paralisado em 2012 e custa a
recobrar vigor – a despeito dos esforços do ministro da Fazenda, que encerrará
este ano com uma renúncia fiscal de 45 bilhões de reais, transformados em
estímulos à produção.
A Economist destaca
que os motores do crescimento brasileiro na última década estão se esgotando.
“Os preços das exportações de commodities, embora continuem elevados, não estão
mais em trajetória ascendente. Os consumidores hoje usam mais a sua renda para
pagar dívidas por meio das quais conseguiram comprar carros e televisões [do
que para continuar consumindo]”, explica. A reportagem argumenta que, diante
deste cenário, o Brasil deveria lutar para melhorar sua produtividade e taxa de
investimento. Mas aí reside o problema. Mantega e sua equipe parecem perdidos quando o assunto é promover
a tão sonhada “redução do custo Brasil”.
A matéria reconhece
que Dilma Rousseff tem se mostrado preocupada em ampliar a competitividade
brasileira e conseguir desenvolvimento econômico por meio da atração de
investimentos – elemento necessário para expandir e aperfeiçoar a capacidade
produtiva nacional. Elogia, inclusive, alguns esforços para estimular o
crescimento, como o corte na taxa de juros para sua mínima histórica, de 7,25%;
as desonerações das folhas de pagamento das empresas; os planos de investimento
em infraestrutura etc.
'Intrometida-chefe'
Contudo, a
Economist não poupa críticas à forma com que Dilma tem conduzido seu governo,
com excesso de intervencionismo estatal, fechamento da economia, entre outras
medidas pouco ortodoxas. “A preocupação é que a presidente seja, ela própria,
uma intrometida-chefe”, ironiza a reportagem. “Um bom exemplo é o aparente
desejo de Dilma de reduzir o retorno sobre o investimento na ‘base do porrete’,
não só para bancos, mas também para as empresas de energia elétrica e fornecedores
de infraestrutura”, em referência à insistência do Palácio do Planalto em
querer convencer empresários a investir ao mesmo tempo em que lhes nega um
retorno adequado para participar dos investimentos.
“Ainda mais do que
Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff parece acreditar que o estado deve
direcionar as decisões do investimento privado. Tais microintervenções derrubam
a confiança na política macroeconômica”, sentencia a Economist. Caso ela e seu
ministro da Fazenda – com quem parece compartilhar das mesmas ideias –
prossigam com a intenção de intervir em tudo, o “espírito animal” do
empresariado não retornará. Assim, o que o Brasil mais precisa atualmente, que
são investimentos para melhoria da competitividade, não virá nem por milagre.
Reeleição em risco
A Economist
finaliza sua reportagem relembrando que Dilma espera ser reeleita em 2014
graças a um cenário de pleno emprego e salários reais em alta. Mas há um risco
nessa aposta. Para a revista, essas conquistas podem ser comprometidas se a
presidente não for capaz de proporcionar um crescimento econômico mais
vigoroso. "Os eleitores terão de julgar se, na tentativa de conciliar
tantas 'bolas econômicos', ela não teria deixado cair a maioria delas"
El
texto en castellano ha sido tomado del diario Clarín ,
y el que está en portugués de la revista Veja .
Ambos medios están enfrentados con sus respectivos gobiernos, y no es asombroso
que el brasileño sea el que publica el cuestionamiento a Dilma.
FSM.
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